terça-feira, 27 de maio de 2014

A “maldita” folga...

Há alguns anos atrás começou a surgir na igreja do Senhor uma “cultura” muito ruim, e que até os dias de hoje tem causado problemas e criado uma mentalidade totalmente equivocada nos crentes dos nossos dias.

Eu sou de uma época em que os cristãos tinham verdadeira alegria em servir!

Não estou dizendo que os crentes de hoje o fazem com tristeza, mas quando saí da infância pra adolescência e comecei a entender o que significa “servir” na igreja, vivi uma época em que nós realmente queríamos usar todo o tempo disponível pra servir ao Senhor!

Como sempre fui envolvido no ministério de música, lembro que era algo natural a gente passar a tarde de sábado ensaiando, muitas vezes o sábado à noite ministrando em algum lugar e no domingo, quase sempre o dia inteiro envolvido com as atividades da igreja.

E digo sem medo que tenho muita saudade desta época!

Lembro que, quando me tornei líder de ministério, ainda nesta época, uma das dificuldades que eu tinha era administrar a quantidade de pessoas que tínhamos disponíveis pra servir com os poucos domingos que havia dentro de cada mês. Todos queriam, se pudessem, tocar todo domingo e já vi casos de alguns que ficaram chateados por “servir menos” em relação a outros.

E neste contexto começou uma inversão! Alguns começaram a usar a expressão “em ministro dois domingos e tenho os outro dois ‘de folga’!”.

Consequentemente estas pessoas começaram a usar esta “folga” pra ficar em casa no domingo, deixando de cultuar a Deus e usando o dia de culto pra outras coisas, seja lazer com a família, trabalhos extras, tarefas escolares, etc.

E assim, foi se perdendo aquele pensamento bíblico de prazer em servir, alegria de estar na casa de Deus, um desejo de dedicar-se a Ele mais e mais.

O que é a folga? Folga é um dia de descanso.
Nosso trabalho, por mais que muitos possamos dizer que gostamos do que fazemos, é um trabalho, então não devemos trabalhar sete dias na semana ininterruptamente. Precisamos ter pelo menos um dia de descanso, e isto é a folga.

E foi este pensamento que se infiltrou na igreja. Quando usamos a expressão “folga” associada ao ministério, passamos a ideia de que é algo pesaroso, cansativo e desgastante, como se fosse um “emprego de fim de semana”!

Aí vemos hoje em dia crentes que deveriam estar dispostos a servir voluntariamente e quanto mais melhor, se portando como se fossem funcionários do ministério e requisitando seus “direitos”!

Em muitos casos passamos apenas umas poucas horinhas servindo no domingo, final da tarde e noite, mas mesmo assim alguns acham isto demais e exigem ter pelo menos um domingo de folga!!!

Queridos, precisamos resgatar em nossos corações a essência do servir!

Precisamos entender que ninguém é obrigado a fazer parte de um ministério e se o fazemos, temos que ser pelo motivo certo, com alegria, amor e satisfação, entendendo que o que fazemos é para o Senhor e também que somos membros de um corpo e como tal, cada um tem uma função a realizar pra que este corpo funcione saudável!

Imagine o que aconteceria se o seu pulmão decidisse “hoje vou tirar uma folga”! O que aconteceria com você?

O pulmão, assim como cada órgão do corpo é vital para o seu funcionamento durante 24 horas do dia, e ele não para de funcionar simplesmente.

Nós, a igreja do Senhor, precisamos parar de ter algo que eu chamo de “mentalidade de operário” no que diz respeito às coisas de Deus.

E que consigamos restaurar a visão que a bíblia nos ensina, de que somos sim MEMBROS DE UM CORPO, sob as ordens do Cabeça, que é o nosso Senhor Jesus!

E que servir a Ele seja o propósito maior da nossa existência!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Quando bênção que Deus dá se volta contra o próprio Deus...

Creio que o título acima é adequado, mas poderia ser diferente, como por exemplo: “Quando ‘o quê’ Deus dá se torna mais importante que o próprio Deus” ou “Quando valorizamos mais ‘a bênção’ do que o Deus que abençoa”, e por aí vai. Acho que já ficou clara a ideia...

Pra refletirmos sobre isto, deixe-me sugerir algumas “parábolas”:

1 - Havia um menino que pedia a seu pai um vídeo game de última geração.
Este menino não apenas pedia, mas fazia de tudo pra agradar seu pai e assim se mostrar “merecedor” do tão desejado vídeo game.
E não apenas suas tarefas, mas procurava passar tempo com seu pai, sair juntos, rir, conversar, ou seja, havia um relacionamento profundo e crescente entre os dois.
Um dia o pai decide que chegou o momento de atender ao pedido de seu filho e o presenteia com o vídeo game!
O filho então fica extremamente grato e vai se divertir com seu presente; porém, aqueles jogos são extremamente envolventes e longos, e acabam consumindo assim horas e horas do tempo deste filho.
Este começa a “relaxar” em seus afazeres pra poder jogar mais e consequentemente não tem mais tempo pra passar com o pai. E nos poucos momentos juntos, este filho só pensa em uma coisa; “preciso passar aquela fase...”

2 - Depois dos árduos anos de esforço e estudo, um jovem rapaz está prestes a começar sua jornada na universidade.
Seus pais, com muito esforço pagam várias inscrições em vestibulares, e este rapaz é aprovado.
Vem então o investimento em material, transporte e mensalidades pra que este rapaz tenha todas as condições de sair-se bem neste curso.
Porém, este rapaz começa a ver este curso como o centro de sua vida e não tem mais tempo pra sua família. Só pensa em estudar.
Neste processo, ele esquece todo o empenho e sacrifício dos pais e passa a ve-los como meros “provedores”, como se fazer aquele curso fosse um favor a eles...

Estas foram apenas duas pequenas histórias, mas quantas outras temos visto hoje em dia?

Quantas vezes oramos e clamamos ao Pai, Ele nos abençoa, e é justamente esta “bênção” que usamos como motivo pra nos afastarmos Dele ou servirmos menos a Ele?

Já ouvimos histórias de quem orava pedindo um carro pra facilitar seu transporte e servir mais e melhor ao Senhor, depois que tem o carro, “aproveita” os fins de semana pra viajar com a família e se torna cada vez mais ausente no Serviço ao Senhor.
Outros oram pedindo que o Senhor lhes dê filhos, quando nasce já o primeiro, param de servir em ministérios e em alguns casos ficam meses sem aparecer em um culto.

Este tipo de situação me leva a refletir; “Será que Deus ‘errou’ em dar determinadas bênçãos a determinadas pessoas?”

Com certeza não! O Senhor é soberano sobre todas as coisas e têm prazer em abençoar e cuidar de Seus filhos!
O problema está em nós, que focamos tanto nas bênçãos que Deus dá e as supervalorizamos, quando a própria presença de Deus deveria ser o nosso objetivo maior!

Não estou dizendo aqui que devemos menosprezar família, filhos, estudos, trabalho e até mesmo o nossos momentos de lazer! Todas estas coisas tem sua importância em nossa vida!

Mas lembremos das palavras de Jesus em Mateus 6:33 “Buscais pois EM PRIMEIRO LUGAR o Reino de Deus e à Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”

O Rei Davi nos dá um bom exemplo do que é realmente importante!
Quando Ele pecou e foi repreendido pelo profeta Natã (2 Sm 12), na mesma hora Ele reconheceu o seu pecado e se humilhou na presença do Senhor.
Vemos isto no Salmo 51. Davi não está preocupado em continuar sendo rei! Não está nem pensando em manter suas posses ou em não perder as bênçãos!
No verso 11 ele clama; “Não me lances fora da Tua presença, e nem retires de mim o Teu Espírito”!

Que possamos refletir e pensar se realmente temos valorizado a presença do Senhor desta forma profunda e intensa, tanto que todo o resto fica em segundo plano!

Ou será que temos tido uma fé circunstancial só porque Deus “tem feito coisas por nós”?

E se perdermos alguma destas coisas?

E se eu bater meu carro e der perda total?

E se ei falhar nos estudos?

E se eu perder meu bom emprego e tiver que trabalhar em algo que eu não gosto, ganhando um salário menor?

E se eu perder um filho?

É claro que não desejamos que nada disto aconteça! De forma nenhuma!
Mas que nunca esqueçamos que NADA DISSO pode servir de BASE pro nosso relacionamento com o Pai!
São bênçãos que Ele nos deu e nunca O MOTIVO de nossa existência!

terça-feira, 29 de abril de 2014

PAI

“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fossemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isto o mundo não nos conhece, porque não O conheceu.”
1 Jo 3:1

Por volta dos anos 60 e 70 tiveram início alguns “movimentos sociais” que começaram a redefinir a vida como era conhecida até então.
É inegável que destes movimentos vieram alguns benefícios, mas eles trouxeram também consequências extremamente negativas.
Um dos principais problemas gerados foi o fato de que muitos homens foram aos poucos perdendo a noção real do seu papel de pais no desenvolvimento dos filhos. Foram se preocupando mais em ser “amigos próximos” dos filhos e desta forma acabaram abrindo mão de sua autoridade paterna.

Pra termos uma ideia do tamanho do estrago, hoje consideramos “abençoada” aquela pessoa que teve o “privilégio” de ter um bom pai, um pai presente, um pai que educou, corrigiu, disciplinou quando necessário, e por aí vai.
E esta distorção do papel dos pais torna difícil pra muitos filhos hoje em dia compreender e ver o nosso Deus como o Pai que Ele é!

Louvo a Deus porque eu tive o privilégio de ser uma destas pessoas.
E graças ao pai que o Senhor colocou na minha vida, hoje eu consigo compreender a forma que o meu Deus, como Pai que é, age no dia a dia! (estas referências dizem respeito à faixa etária em que a criança está em desenvolvimento)

- Educar é dizer “não”
Não tenho como contar quantas vezes o meu pai me disse um “não”! Mas com toda certeza foram muito mais vezes do que ele me disse “sim”.
Hoje entendo que o fato não era de o meu pai “não querer” me dar algo ou deixar fazer o que eu queria. Mas a questão é que; eu pensava no que eu queria e o que me satisfaria naquele momento, enquanto o meu pai pensava no meu bem a curto, médio e longo prazo! A visão dele era muito maior que a minha.
E todas as vezes em que ele me disse “sim”, os resultados foram positivos. Ou seja, ele sabia que aquilo seria para o meu bem.

- Corrigir
O ato de corrigir consiste em perceber o erro e apontar para o certo.
Este é também o papel do pai na vida do filho. O pai que vê o filho cometer erros e não fala nem faz nada, está plantando uma semente perigosíssima na vida desta criança.

- Disciplinar
O ato de disciplinar é o que vem quando a correção por si mesma não resolve.
Muitas vezes fiquei “de castigo” (dias sem poder brincar na rua), outras vezes algo que eu gostava me foi tirado (vídeo-game, bicicleta), e em alguns momentos extremos, quando necessário, levei sim umas “bifas” (rsrsrs), mas apenas quando foi realmente necessário.
Pais, muitos jovens e adolescentes de hoje vivem “sem rumo”, não tem firmeza de caráter, não sabem perseguir seus objetivos e o principal motivo disto foi a atitude de pais que não cobraram, não castigaram e não deram aos seus filhos uma amostra de como o mundo lá fora funciona.
Já fiquei de castigo por tirar nota baixa na escola. Aquilo me ensinou que eu precisava me esforçar mais, e consequentemente, a próxima nota sempre melhorava.
Já fui castigado por não fazer minhas “tarefas” em casa. Sim; eu tinha tarefas e responsabilidades em casa desde pequeno.

- Amar
Todas estas situações que ilustrei acima, hoje eu percebo que foram claras demonstrações de amor do meu pai por mim!
Mas não apenas isto; lembro-me de muitas risadas, brincadeiras, meu pai pegando o violão e levando pra cozinha, onde minha mãe preparava a refeição e ali nós, como família cantávamos, quase sempre louvores ao Senhor, algumas vezes algumas músicas só de zoeira mesmo. Mas era na prática aquilo que hoje conhecemos como “tempo de qualidade” em família.
Muito melhor do que qualquer vídeo-game de última geração. E olha que na época eu tinha um Atari com mais ou menos uns 50 jogos, mas até nisto meu pai foi zeloso; eu tinha horário definido pra poder jogar durante o dia. À noite era o nosso tempo em família.

Deus Pai
Infelizmente os crentes de hoje não tem sido ensinados a ver nosso Deus como o Pai que ele realmente é.
Isto gera em muitos o que eu chamo de “fé circunstancial”; ou seja: “o Senhor tem sido bom, me abençoado e feito milagres em minha vida, e por isto eu continuarei a serví-lo!”
Mas me surge a pergunta; “e quando Deus te disser um ‘NÃO’?”

Temos sido tão mimados em nossa forma de crer, que queremos sim enxergar o Senhor como um PAI DE AMOR, e isto em si é ótimo, pois Ele realmente o é! Porém, queremos enfatizar tanto o “de amor” que acabamos ignorando a parte do “PAI”!
E como Pai que Ele é, o Senhor nos educa, algumas vezes dizendo “não”, nos corrige, nos disciplina, mas acima de tudo Ele NOS AMA!

Aceitar o “não” de Deus
Este é um assunto complexo, pois muitos têm ensinado que “se orarmos com fé” o Senhor atenderá a tudo que pedirmos!
Não é isto que a Palavra ensina! A bíblia diz que muitas vezes pedimos e não recebemos porque “pedimos mal” (Tg 4:1,2)

NÃO EXISTE uma forma de sempre ouvirmos “sim” de Deus!
O rei Davi ouviu “não” de Deus, o apóstolo Paulo também, o próprio Jesus no Getsêmani teve que aceitar o “silêncio do Pai” deixando assim claro que o Pai não iria “passar Dele aquele cálice”!
Precisamos corrigir este nosso pensamento que interfere na nossa comunicação com o Pai.
Estamos acostumados a falar, falar, pedir, pedir, clamar, clamar, mas não temos desenvolvido o hábito de OUVIR a resposta do Senhor!
E pior ainda; muitas vezes a resposta Dele é clara, mas como não é a que queremos ouvir, ficamos tentando ignorar e achando que “o Senhor silenciou-se”!

Queridos, nosso Deus é pai! Que possamos aprender a ser e nos portar como filhos; obedecendo a Ele, aceitando sua autoridade sobre nossas vidas e buscando entender e nos submeter à sua correção e disciplina quando estas acontecerem.

Mas acima de tudo, nunca esqueçamos do quanto Ele nos ama!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"Cristãos"??

A bíblia nos relata no livro de Atos (11:26), o momento em que os apóstolos foram, pela primeira vez, chamados de “Cristãos”!

Isto ocorreu em um momento em que os apóstolos ficaram sabendo de um grande movimento e várias conversões que haviam ocorrido na cidade de Antioquia, após a morte de Estevão, quando alguns homens chíprios e cirenenses entraram naquela cidade anunciando o Senhor Jesus (At 11:20).

A Igreja então enviou Barnabé para lá, este, logo em seguida foi a Tarso buscar Saulo e leva-lo pra lá.

A Palavra diz que durante um ano eles permaneceram naquela igreja e lá foram “pela primeira vez chamados de cristãos”.

De acordo com o dicionário bíblico (http://biblia.com.br/dicionario-biblico/?s=crist%C3%A3o&ok=pesquisar), este termo, Cristão, era usado no segundo século pra destacar características de amabilidade, gentileza e não-ofensa que eram observados nos seguidores dos ensinamentos de Cristo!

Em sua origem, o termo significa “pequeno Cristo”, ou seja, alguém que age e se porta da mesma forma que Jesus, ou um imitador de Cristo!

Disto isto...
Me preocupa profundamente o nosso comportamento!

Nós, os crentes pós-modernos, ao mesmo tempo que temos procurado ser conhecidos como cristãos, em muitos momentos agimos e falamos de forma totalmente contrária a forma de Jesus!

Pelo contrário, temos feito aquilo que a bíblia nos diz para NÃO fazer e temos “nos conformado” com os padrões deste mundo!

Este fato pode ser observado no dia a dia, em várias áreas de nossa vida, mas é algo que se acentua muito quando olhamos para as famigeradas “redes sociais”, das quais quase todos nós participamos nos dias de hoje!

Quando observo algumas “postagens” ou repostagens de alguns irmãos, noto cada vez mais padrões do mundo que são totalmente opostos aos ensinamentos e a forma como Cristo viveu entre nós!

Inclusive já li alguns comentários sobre os quais pensei; “glórias a Deus porque Jesus nunca pensou e nem agiu da mesma forma que este irmão!”

Apenas citando alguns exemplos:
Já vi vários irmãos mandando “indiretas pra outros”, postando frases como: “chega de tratar como prioridade quem me trata como opção!”

O que Jesus ensina?
Nosso Senhor, ATÉ HOJE é tratado por grande parte dos crentes como “opção”, e mesmo assim, Ele segue nos vendo como prioridade! Tanto que deu a própria vida por nós e está sempre de braços abertos pra nos receber e perdoar, não importando quantas vezes nós o tenhamos “negado”!

Outra comum (este ano já vi uns 15 irmãos postando), é algo tipo...
“valorize quem te valoriza...” ou “ame quem te ama...” dando a ideia de que só devemos nos importar com aqueles que se importam conosco.

Jesus disse e praticou exatamente o oposto disto!
“...Eu porém vos digo; amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus!” (Mt 5:44)
E mesmo crucificado, Jesus pediu ao Pai que perdoasse aqueles que queriam vê-lo morto!

Território neutro
Alguns crentes, infelizmente acreditam que a Internet é um território neutro; onde eu posso falar qualquer coisa que eu quiser, escrever qualquer besteira, repassar qualquer absurdo e isto ficará restrito à internet!

Mais que crentes, Cristãos
Estas duas palavras NÃO SÃO sinônimos, como alguns acreditam!
De forma resumida; crente é qualquer pessoa que crê em algo. Cristão é aquele que imita a Cristo!

Ouvi uma palavra esta semana muito interessante; O Senhor colocou o nosso ouvido bem pertinho do cérebro e bem afastado do coração!

Isto serve pra nos mostrar que nossa fé é também um exercício de inteligência!
Infelizmente alguns irmãos tem preferido ignorar a existência do cérebro e por falta de conhecimento, jogam tudo que entra pelos ouvidos direto para o coração! Ou seja, agem e falam muito mais movidos pelas emoções do que pela razão!

Para nossa realidade...
Simples; vamos ser mais sensatos. Pensar mais antes de falar e de agir.


Antes de clicar em “compartilhar” pra qualquer texto no face, observemos à luz da Palavra de Deus, pra que não nos tornemos propagadores dos princípios deste mundo, mas sim que possamos ser verdadeiros CRISTÃOS em todo o sentido que isto representa, inclusive na “rede”!

terça-feira, 8 de abril de 2014

“Portas abertas...”

É curioso como todo começo de mês aparece uma enxurrada de “posts” nas redes sociais declarando ou “profetizando” muitas bênçãos do Senhor!
 
O mais recente que vi é de um cantor gospel dizendo que “neste mês todas as portas que estavam fechadas se abrirão!” E o mais engraçado na minha opinião, é que no final sempre tem alguma frase de efeito do tipo “quem concorda deixa um amém aí!” ou então “se concorda, compartilhe!”

Quando é que vamos parar de acreditar nos contos de fada desta “era gospel” em que vivemos e voltaremos à pura e simples PALAVRA DE DEUS???

Estes “crentes” de hoje em dia só querem falar de bênçãos, mas ninguém gosta de ouvir sobre obediência!
Querem que Deus transforme as circunstâncias, mas não permitem que Ele transforme e molde suas vidas!
Querem um Deus-gênio da lâmpada, que atenda todos os seus desejos (quase sempre supérfluos), os chame de “filhos amados”, mas que não aja como Pai, que chama a atenção e disciplina o filho quando necessário!

Ou seja, querem um Pai irresponsável como muitos que existem hoje em dia, que atendem a todos os desejos do filho, deixando a criança mimada e insuportável!

Bem, o Deus que a bíblia nos mostra é bem diferente deste que a “geração gospel” quer e prega!
o Deus da bíblia, sempre que fala de bênção, ela está diretamente relacionada com a OBEDIÊNCIA!

O próprio Deus falou a Moisés já lá no Antigo testamento; Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre!Dt 5:29, referindo-se ao povo hebreu que saiu do Egito.
O Senhor também falou ao rei Saul através do profeta Samuel; “obediência é melhor do que sacrifício...” 1 Sm 15:22

Queridos, vamos parar com esta besteira de “pensamento positivo” que tem se infiltrado na igreja!

Vamos parar de ser crentes mimados, que só querem ouvir pregações agradáveis e ficam esperando a sua “vitória com sabor de mel”, mas que não se preocupam em estudar a verdadeira Palavra de Deus. Ao invés disto ficam transferindo uma responsabilidade que é INDIVIDUAL!

A humanidade vive e experimenta hoje as consequências de, a cada dia mais, fazer questão de EXCLUIR DEUS de suas vidas! E ainda têm a cara de pau de CULPAR DEUS por estas meras consequências!

E o mais triste disto é que esta tendência tem entrado cada vez mais na própria IGREJA!

A “geração gospel” é composta de pessoas que querem viver a vida do jeito que acharem melhor, colocando suas vontades e interesses sempre em primeiro lugar e fazendo do ministério do Senhor um hobby, algo pra fazer no tempo que sobra!
Aí se acham “merecedores” de grandes bênçãos do Senhor, e ainda vem com orações eloquentes do tipo; “Senhor, ouve o teu servo!”

Queridos, o verdadeiro SERVO, no sentido que a bíblia ensina, está muito mais preocupado em OUVIR ao Senhor do que em ser ouvido por Ele! Em servir e não em ser servido!

Que possamos voltar à simplicidade de buscar e conhecer ao Senhor através da sua palavra e desta forma, OBEDECER a Ele!

Adoremos ao Senhor, não porque esperamos que Ele
“faça algo por nós”, mas tendo a consciência do que Ele JÁ FEZ!